quinta-feira, 31 de março de 2011

Visita Econômica com cara de placebo

Galera,

Adorei o formato dessa reportagem.

1° porque é muito crível
2° porque Americano é Filho da Puta e só dá o cu depois que comeu o seu 10 vezes.
3° Esses putos vem pra cá de sorrizinho pra fechar o mercado de commodities (que inclusive para o Brasil está uma bosta) e manter a cana-de-açucar fora das linhas estadunidenses.
4° porque como todo bom pobre, eu adoro ver rico se fuder. E se essa crise existe é porque o feitiço virou contra o feiticeiro e porque depois do "big stick" por quase 3 décadas de ditadura na América Latina eles tinham que se fuder pelo menos um pouquinho....

Abraços





O bom-mulato Obama no “samba do crioulo doido”

Por Luiz Ricardo Leitão*

Entre paetês e purpurinas, poucos ousaram dizer que o ambicioso rei está nu.

Apesar da enorme pompa e do frenesi midiático que suscitou, a visita do bom-mulato à nossa Bruzundanga, movida obviamente por mal dissimulados interesses políticos e comerciais, acabou por tornar-se (como toda farsa que se preze) mais uma página hilariante do eterno Febeapá (Festival de besteiras que assola o país) registrado pelo saudoso Sérgio Porto nos idos do século 20.

Ainda às vésperas da espetacular efeméride, o prefeito do Rio, ao discursar em uma cerimônia no subúrbio, chamou ao palanque um sósia de Bin Laden (!), o qual não se furtou a exibir sua barba em público, para pasmo de uns e alegria de outros, mais afeitos aos incidentes surreais desta província. É claro que a presença da inusitada figura foi logo difundida pela mídia e pela rede virtual, o que gerou mal-estar em Brasília e no Itamaraty (Dona Dilma, de olho numa cadeira do Conselho de Segurança da ONU, não perdoou a travessura do gracioso alcaide). Mas decerto não foi ele o responsável pela suspensão da micareta marcada para a Cinelândia, que, para tristeza da mídia local, acabou restrita a uma plateia ‘vip’ (?) – com Luciano Huck, Ricardo Teixeira e outros próceres da nação – no interior do Teatro Municipal.

A julgar pelas outras atrações mirabolantes que a tchurma do playboy Cabral preparou para o cara-pálida (com direito a capoeira e até a uma ordem unida de boleiros mirins da Cidade de Deus, ensaiados por um brioso sargento da PM), o show da Cinelândia prometia ser de fato espetacular. Se lá em Brasília a trupe do CQC pôde desfilar à vontade na recepção oficial à longa comitiva de Tio Sam, imaginem como seria o parangolé em plagas cariocas, onde o bom-mulato teria de requebrar mais do que Shakira nesta versão 2011 do “samba do crioulo doido” tropical.

Bem que a Globo tentou transformar bacon com ovos em feijoada, mas o molho desandou... Isso explica o ar de frustração que o casal 20 do JN estampou na telinha, ao anunciar que não haveria mais o bombástico comício no centro da cidade. Quem sabe a rede não pensara em alguma megapromoção do Caldeirão do Huck (até que centenas de casas novas seriam bem-vindas em Nova Orleans, onde milhares de pessoas continuam a padecer as sequelas do furacão Katrina e da crise imobiliária do Império), ou um Mais Você especial de Ana Maria Braga com Michelle Obama, ainda que o louro José viesse a ser depenado pelos falcões de Washington?

Chistes à parte, o que menos se viu na TV foi uma análise fria dos objetivos do síndico em sua visita a este, agora, arredio condomínio. Entre paetês e purpurinas, poucos ousaram dizer que o ambicioso rei está nu: os EUA carecem de abrir mercados para as suas exportações e de garantir seu abastecimento de petróleo (eles dependem da Venezuela e do revolto mundo árabe). Com enorme déficit comercial e fiscal, além de uma dívida pública superior a US$ 14 trilhões, Tio Sam não pensa em importar, só em exportar – para equilibrar a balança comercial e, de quebra, conter a alta de desemprego.

Em suma, como sentenciou Moniz Bandeira do alto de seus 75 anos, dificilmente Obama logrará superar a atual crise, similar à da Grécia e à de outros países europeus. As promessas de campanha se esfumaram: o bom-mulato cedeu ao mercado financeiro, aos neoconservadores instalados na máquina de Estado, ao complexo industrial-militar e a várias forças retrógradas da sociedade ianque. Quem apita na política exterior é a macabra Hillary Clinton e a diferença do atual síndico para George W. Bush talvez esteja apenas “no estilo e na tonalidade”, frisa o professor, pois “ambos defendem interesses imperiais dos EUA”. O recado foi dado, mas será que a turma da micareta vai tocar esse rap no trio elétrico?

*Luiz Ricardo Leitão é escritor e professor adjunto da UERJ. Doutor em Estudos Literários pela Universidade de La Habana, é autor de Noel Rosa – Poeta da Vila, Cronista do Brasil e Lima Barreto: o rebelde imprescindível.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Petrobrás e OGXP ficarão na ponta ? Acho que sim...

Durante todo o século 20, as potências imperialistas usaram a força das armas para garantir o controle das fontes de energia. Nada indica que agora agirão de outra forma.

Os dois eventos mais importantes deste início de ano, a rebelião dos povos árabes e o terremoto no Japão, apresentam algo em comum: ambos incluem entre suas consequências o agravamento da crise global da energia.

O impacto da revolta árabe sobre os suprimentos de petróleo se reflete no preço desse combustível, que já alcança 104 dólares o barril. Dois anos atrás, custava menos de 40 dólares. O aumento tem a ver com o corte das remessas da Líbia devido à guerra civil, mas expressa também preocupações mais duradouras. Afinal, está em jogo o futuro político de uma região que fornece 37% de todo o petróleo consumido no planeta e abriga em seu subsolo quase 70% das reservas mundiais desse combustível.

Ninguém sabe ainda qual será o alcance do vendaval de rebeldia que está varrendo o mundo árabe, do Marrocos ao Bahrein. Mas uma coisa é certa: para o chamado “Ocidente” (EUA e União Europeia), ficará mais difícil exercer o controle sobre o volume e os preços do petróleo do Oriente Médio. De agora em diante os governantes árabes, sejam eles quais forem, tenderão a adotar posturas mais soberanas. E o imperialismo enfrentará obstáculos crescentes para impor seus interesses, entre os quais se destacam o petróleo barato e a defesa incondicional de Israel.

Já a tragédia japonesa afeta a outra ponta do dilema energético. O perigo causado pelos danos em usinas atômicas reaviva a desconfiança global perante a energia nuclear, logo no momento em que ela se fortalecia como alternativa à diminuição da oferta de combustíveis fósseis.

No cenário que se vislumbra, pode-se prever que aumentará o valor estratégico das regiões e países produtores de petróleo e gás, cada vez mais valiosos. Crescerá a pressão política e militar sobre o Irã, a Venezuela e, ao que tudo indica, a Líbia.

"...Durante todo o século 20, as potências imperialistas usaram a força das armas para garantir o controle das fontes de energia. Nada indica que agora agirão de outra forma..." ??????
Pensem nisso !


O mais legal é ver que toda a semana a Petro ou a OGX acham um novo poço que vai gerar milhões de barris e tal. Poucos sabem que esses poços demoram até 5 anos para começar a produzir e pagam seu investimento inicial em mais 5 anos.
Algumas informações são distorcidas para gerar "mercado" ou pequenos sustos no investidor PF.

Na boa, falando de energia atômica: Vocês realmente acham que não é segura ???
Com um terremoto desses nada fica de pé e de quebra ainda tem tsunami.
A energia atomica é segura. E por mais que seja letal, quando há um problema, é menos agressiva do que uma hidrelétrica.

abraços.

terça-feira, 15 de março de 2011

Regulação cambial. Será que segura mesmo ???

O Brasil foi além da nova cartilha do FMI, ao adotar não só técnicas de gestão dos fluxos de capitais, mas também instrumentos de regulação das operações com derivativos cambiais. Contudo, as iniciativas nesse front foram, até o momento, muito tímidas e, por isso, a taxa de câmbio do R$/US$ rompeu novamente a barreira dos 1,65. Se o contexto internacional não sofrer mudanças nos próximos meses, somente medidas mais ousadas de regulação das transações cambiais virtuais podem deter o processo de apreciação do real e seus efeitos adversos sobre a competitividade da indústria brasileira.

Na sexta-feira de carnaval, dia 4 de março de 2011, a taxa de câmbio R$/US$ rompeu a barreira dos 1,65, fechando o dia no patamar de 1,645, a menor cotação desde agosto de 2008, quando o processo de apreciação da moeda brasileira no período pré-crise financeira global atingiu seu ápice (a taxa de câmbio R$/US$ chegou a ser cotada a 1,559 no dia 1/08/2008). Coincidentemente, um evento realizado durante o carnaval também colocou em evidência a questão cambial. Num seminário organizado pelo FMI na segunda e terça-feira (dias 7 e 8 de março), o economista-chefe desta instituição, Olivier Blanchard, defendeu que a política monetária deve ter outros objetivos além do controle da inflação – como a estabilidade financeira e metas relacionadas a taxas de câmbio, especialmente no caso dos países emergentes –, bem como outros instrumentos, ao lado da taxa de juros básica (como a regulação financeira prudencial [1]). Nesse mesmo seminário, Stiglitz defendeu, mais uma vez, a utilização de controles de capitais por esses países, os quais, na sua visão, podem contribuir para o crescimento e a estabilidade econômica. Utilização que o próprio FMI passou a admitir no contexto pós-crise desde que em circunstâncias específicas e como um dos instrumentos de política econômica (em inglês, do “policy toolkit”) [2].

Uma dessas circunstâncias é um ambiente de abundância de fluxos de capitais temporários, que resultam pressões em prol da sobreapreciação cambial (com efeitos potencialmente perversos sobre a competitividade externa), que, por sua vez, não poderiam ser combatidas no curto prazo pelo manejo dos instrumentos convencionais de política monetária, cambial e fiscal. Isto porque, a economia em questão se depararia com todas ou uma das seguintes situações: já teria acumulado um estoque razoável de reservas internacionais e/ou levado ao limite a política de esterilização (em termos seja do tamanho do estoque da dívida pública, seja do custo fiscal associado ao diferencial de juros); se encontraria numa situação de sobreaquecimento e/ou aceleração da inflação que impediria a redução da taxa de juros básica e não poderia ser combatida no curto prazo exclusivamente pela adoção de uma política fiscal contracionista (por questões de lag temporal, por exemplo).

O estudo do FMI não “diz” nenhuma novidade; ele somente reconhece uma das funções dos controles de capitais destacadas há muitos anos pelos economistas heterodoxos, qual seja: contribuir para atenuar os dilemas de política econômica num contexto de ampla abertura financeira. O mesmo se pode dizer sobre a defesa da regulação financeira prudencial como um instrumento coadjuvante de política econômica. Epstein, Grabel e Jomo (Monstros do capitalismo cambial e tributações), na sua minuciosa pesquisa sobre os controles de capitais em alguns países emergentes nos anos 1990, concluíram que as experiências bem-sucedidas combinaram, de forma geral, controles de capitais estrito senso (como imposição de taxas, requerimentos mínimos de reserva e quarentena sobre o ingresso de recursos) com instrumentos de regulação financeira prudencial que funcionam, na prática, como controles (sobretudo, regras sobre as operações com moeda estrangeira dos bancos).

Os dois mecanismos integrariam, segundo esses autores, as “Técnicas de gestão dos fluxos de capitais” que, ao afetarem o grau de abertura financeira da economia, ampliariam o raio de manobra e a eficácia das políticas cambial e monetária, em momentos tanto de excesso, como de escassez de divisas. No âmbito dos regimes de flutuação suja (que passaram a predominar nos países emergentes após as crises dos anos 1990), essas técnicas constituem um instrumento coadjuvante da política cambial, funcionando como “filtros” que atenuam os efeitos instabilizadores dos fluxos de capitais de curto prazo, além de reduzir o patamar mínimo de reservas necessárias para conter movimentos especulativos e de aliviar as pressões sobre a taxa de juros nos momentos de saída de capitais.

Os países emergentes que se recuperaram rapidamente após o efeito-contágio da crise financeira e econômica global passaram a enfrentar ao longo de 2010 alguns dos dilemas de política mencionados pelo estudo do FMI em decorrência da combinação do ambiente internacional de excesso de liquidez (associado às taxas de juros historicamente baixas nos países avançados e à política de afrouxamento quantitativo do Federal Reserve) com uma situação doméstica de elevadas taxas de crescimento, aceleração da inflação (associada, em parte, à alta dos preços das commodities, fomentada por aquele ambiente) e, em alguns casos, excessiva apreciação cambial e/ou emergência de bolhas especulativas nos mercados financeiros. Nesse cenário, a adoção de uma política monetária restritiva contribuiria para conter o crescimento e as pressões inflacionárias, mas estimularia ainda mais o ingresso de capitais, o qual, por sua vez, fomentaria o desalinhamento cambial e o boom de preço dos ativos.

Para atingir os múltiplos objetivos de política, as autoridades econômicas recorreram aos “novos” instrumentos recomendados pelo FMI: políticas monetárias restritivas (e, em alguns casos, fiscais) foram adotadas para desaquecer a economia e conter as pressões inflacionárias, enquanto técnicas de gestão dos fluxos de capitais (sejam controles de capitais, sejam mecanismos de regulação prudencial) foram acionadas para deter a trajetória de apreciação cambial e/ou desinflar as bolhas especulativas.

No caso do Brasil, duas especificidades reforçam os dilemas de política econômica associados aos efeitos indesejáveis da política monetária restritiva sobre a trajetória da taxa de câmbio. Por um lado, os patamares dos preços-chave (taxa de câmbio excessivamente baixa e taxa básica de juros excessivamente alta – o maior patamar nominal e real do mundo mesmo antes do início da nova fase de elevação da meta da Selic, em janeiro) estimulam ainda mais o ingresso de capitais e as apostas de apreciação cambial e reduzem o raio de manobra da política cambial ao ampliarem o custo da acumulação de reservas cambiais (além do diferencial entre os juros internos e externos, a apreciação do real traz prejuízo às contas públicas, pois o governo é credor em dólares). Por outro lado, o elevado grau de abertura financeira que, ao permitir o livre acesso dos investidores estrangeiros ao mercado doméstico de derivativos cambiais e criar vasos comunicantes entre esse mercado e aquele off-shore (onde são negociados os Non-Deliverable Forwards - NDFs - PARAÍSOS FISCAIS), reforçou sua liquidez e profundidade, contribuindo de maneira fundamental para sua transformação no lócus por excelência da formação da taxa de câmbio R$/US$.

Para enfrentar esses dilemas, as autoridades econômicas brasileiras também adotaram (ou reforçaram) a partir de outubro algumas técnicas de gestão dos fluxos de capitais (como a elevação do IOF incidente sobre os investimentos de portfólio em renda fixa e a imposição de um depósito compulsório sobre o valor da posição vendida dos bancos em dólar), acionaram instrumentos de regulação financeira prudencial para conter a expansão do crédito (as chamadas “medidas macroprudenciais”) e criaram um novo instrumento de política cambial (os leilões de moeda estrangeira com liquidação a termo no mercado interbancário), ao lado da retomada das operações de swap reverso (suspensas desde junho de 2009).

Adicionalmente, duas medidas com o objetivo de desestimular as operações no mercado de derivativos e, assim, reduzir as apostas de apreciação do real, foram implementadas: o IOF incidente sobre os depósitos de garantia dos investidores na BM&F foi elevado de 0,38% para 6% e foram vetadas as operações de aluguel, troca ou empréstimo de títulos, valores mobiliários e ouro (ativo financeiro) aos investidores não-residentes destinadas à constituição desses depósitos.

Assim, pode-se afirmar que o governo brasileiro foi além da nova cartilha do FMI, ao adotar não somente técnicas de gestão dos fluxos de capitais, mas também instrumentos de regulação das operações com derivativos cambiais, reconhecendo a segunda especificidade mencionada acima. Na realidade, essas operações, que tem um papel central na trajetória da taxa de câmbio do R$/US$, constituem transações virtuais, desvinculadas dos fluxos de capitais e, por isso, fora do alcance dessas técnicas. Contudo, as iniciativas nesse front – que ampliaram o escopo da regulação cambial – foram, até o momento, muito tímidas e, por isso, a taxa de câmbio do R$/US$ rompeu novamente a barreira dos 1,65. Se o contexto internacional não sofrer mudanças nos próximos meses, somente medidas mais ousadas de regulação das transações cambiais virtuais podem deter o processo de apreciação do real e seus efeitos adversos sobre a competitividade da indústria brasileira.

Por enquanto os "Japa" infelizmente tão se fudendo e eu acho que vai demorar um pouquinho, mas creio que o dólar chega mais uma vez aos 1,60 e aí o "trem" arrocha. Porque os bancos vão ficar devendo no curto prazo e nós do lado do povão vamos ficar sem crédito. Meu conselho: Invistam em CDB e Renda Fixa (Fundos com Taxa de Admin zero ou de no máximo 1%) Se forem para o Mercado comprem ações "pesadas", ou seja, Blue chips. Eu não arriscaria muito em empresas ligadas a contextos exteriores (Tirando Vale e Petro). Acho que o mercado doméstico pode dar uma esfriada por causa da diminuição de crédito na praça.
ibov vai ficar de lado até a galera tampar esses vazamentos nucleares (Leia-se dinheiro).




Abraços e boa semana.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Ferramentas On-line para controlar gastos..

Galera,

Graças a Juju tive contato com esses 3 sites.
Eles ajudam a controlar finanças, criar objetivos financeiros e tal. É bem fácil de usar e são gratuitos. Você pode colocar a carteira de ações, imóveis e até aquela dívida de jogatina ou apostas de buteco que você ganhou (ou perdeu) e ir acompanhando. O interessante é que como os sites são on-line, você pode acessar de qualquer lugar, bem melhor do que ficar carregando pen drive em várias máquinas (vírus) ou aquela sua planilha de excel que você usa de vez em quando no desktop de casa (só quando o bolso aperta). Os sites podem ser baixados para IPHONE e BLACKBERRY.
O site brasileiro é bem legal também, mas com uma quantidade menor de ferramentas.

Vale a pena conferir é de "GRÁTIS". !!!



www.mint.com
www.smartypig.com
www.minhaseconomias.com.br


Abraços.


Ps: Aproveitem a bolsa já vai abrir no chão de novo!!!
Leiam os post's antigos sobre quais ações e a que preço comprar. (coloquei aí abaixo. É só clicar que a imagem ampliará).

quarta-feira, 9 de março de 2011

Mercado especulativo e a próxima "Bolha"

Preparem-se: Se a China não equalizar o seu "yuan" ou "iuan" com o dólar e gerar uma "quebradeira" de bancos europeus e americanos que tem investimentos nos bancos chineses, nós teremos a "quebradeira da especulação no mercadao de alimentos" !
Porquê, "Óh, anel sem dedos", "Óh, Branca de neve-lhes.."

Preste atenção na última frase..."O que para um homem pobre é um problema, para o rico é um investimento livre de riscos”. O CONSUMO do pobre nada mais é do que um mercado INELÁSTICO , ou seja, invista em empresas que vendem produtos inelásticos aos pobres na próxima década..... (GFSA3, GGBR4, PETR4, LAME4, BBDC4, BBAS3, ITUB4 e outros citados anteriormente neste BLOG)




Conforme os preços sobem além dos níveis de 2008, fica claro que todos estão agora sendo afetados. Os preços da comida estão subindo até 10% por ano no Reino Unido e na Europa. Mais ainda, diz a ONU, os preços deverão subir pelo menos 40% na próxima década. Sempre houve uma modesta, mesmo bem-vinda, especulação nos preços dos alimentos e tradicionalmente funcionava assim. O produtor X se protegia contra o clima e outros riscos vendendo sua produção antes da colheita para o investidor Y. Isso lhe garantia um preço e o permitia planejar o futuro e investir mais, e dava ao investidor Y um lucro também. Num ano ruim, o fazendeiro X tinha um bom retorno. Mas num ano bom, o investidor Y se saía melhor.

Quando esse processo era controlado e regulado, funcionava bem. O preço da comida que chegava ao prato e do mercado de alimentos mundial ainda era definido por reais forças de oferta e demanda. Mas tudo mudou no meio dos anos 1990. Na época, após um pesado lobby de bancos, fundos de investimento de risco e defensores do "mercado livre" nos EUA e no Reino Unido, as regulamentações no mercado de commodities foram abolidas. Contratos para comprar e vender alimentos foram transformados em "derivativos” que poderiam ser comprados e vendidos por negociantes que não tinham relação alguma com a agricultura. Como resultado, nascia um novo e irreal mercado de "especulação de alimentos”.

Cacau, sucos de fruta, açúcar, alimentos básicos e café agora são commodities globais, assim como petróleo, ouro e metais. Então, em 2006, veio o desastre das hipotecas podres e bancos e especuladores correram para jogar os seus bilhões de dólares em negócios seguros, alimentos em especial. "Nós notamos isso [especulação de alimentos] pela primeira vez em 2006. Não parecia algo importante então. Mas em 2007, 2008 aumentou rapidamente”, disse Mike Masters, gerente de um fundo no Masters Capital Management, que confirmou em testemunho ao Senado dos EUA em 2008 que a especulação estava inflando o preço mundial dos alimentos. "Quando você olha para os fluxos, se tem uma evidência forte. Eu conheço muitos especuladores e eles confirmaram o que está acontecendo. A maior parte do negócio agora é especulação – eu diria 70 a 80%.” Masters diz que o mercado agora está muito distorcido pelos bancos de investimentos. "Digamos que apareçam notícias sobre colheitas ruins e chuvas em algum lugar. Normalmente os preços vão subir algo em torno de 1 dólar (por bushel). Quando se tem 70-80% de mercado especulativo, sobe 2 a 3 dólares para levar em conta os custos extras. Cria volatilidade. Vai acabar mal como todas as bolhas de Wall Street. Vai estourar.”

O mercado especulativo é realmente vasto, concorda Hilda Ochoa-Brillembourg, presidente do Strategic Investment Group de Nova York. Ela estima que a demanda especulativa para o mercado agrícola de futuros tenha aumentado entre 40 e 80% desde 2008. Mas a especulação não está apenas em alimentos básicos. No ano passado, o fundo Armajaro, de Londres, comprou 240 mil toneladas – mais de 7% do mercado mundial de cacau – ajudando a elevar o preço do chocolate ao seu mais alto valor em 33 anos. Enquanto isso, o preço do café pulou 20% em apenas três dias, resultado direto de aposta de especuladores na quebra do preço do café.

Olivier de Schutter, Relator da ONU para o Direito à Alimentação, não tem dúvidas que especuladores estão por trás do aumento de preços. "Os preços do trigo, do milho e do arroz tem aumentado de modo significante, mas isso não está ligado a estoques ou colheitas ruins, mas sim a negociantes reagindo a informações e especulações do mercado”, ele diz. "As pessoas estão morrendo de fome enquanto os bancos estão se matando para investir em comida”, diz Deborah Doane, diretora do Movimento Global de Desenvolvimento de Londres.

A FAO, órgão da ONU para agricultura, se mantém diplomaticamente evasiva, dizendo, em junho, que: "Fora mudanças reais em oferta e procura em alguns commodities, o aumento dos preços pode também ter sido amplificado pela especulação no mercado de futuros”. A [visão da] ONU tem o apoio de Ann Berg, uma das mais experientes negociantes do mercado de futuros. Ela argumenta que diferenciar commodities dos mercados de futuro e os relacionados com investimento sem agricultura é impossível. "Não existe maneira de saber exatamente [o que está acontecendo]. Tivemos a bolha das casas e o não-pagamento dos créditos. O mercado de commodities é outro campo lucrativo [onde] os mercados investem. É uma questão sensível. [Alguns] países compram direto dos mercados. Como diz um amigo meu. "O que para um homem pobre é um problema, para o rico é um investimento livre de riscos”.


Abs e bom fim de carnaval

Futuro certo.

Se nada der errado.......


Não há dúvida que estão soprando bons ventos. Há um clima de confiança que está se generalizando. Aqui não há vencedores nem vencidos. A melhor imagem é a de uma boa maré, que levanta todos os barcos. Para além do detalhe das propostas para o país nos diversos setores, esta é a visão: um Brasil que se desenvolve, com a participação de todos, de maneira sustentável, e por meio de decisões democraticamente negociadas.

A crise financeira internacional de 2008 marcou um divisor de águas. As grandes simplificações relativas à dicotomia entre Estado e mercado, com o seu peso ideológico, deram lugar a atitudes de bom senso, de pragmatismo de resultados, de busca de equilíbrios. De certa forma, inovar em política voltou a ser legítimo. Este pensar de maneira inovadora é hoje essencial. No plano internacional, a crise não desaparece. Um PIB mundial de 60 trilhões de dólares, e 860 trilhões de dólares em papéis emitidos, geram instabilidade. Os déficits do setor especulativo privado foram transformados em déficit público, perda de aposentadorias e desemprego, e tanto os Estados Unidos como a Europa têm pela frente a busca de novos mecanismos de equilíbrio. Não se configura um horizonte estável e equilibrado no planeta. Para o Brasil, a diversificação das relações externas, com ênfase no Sul-Sul e na integração latino-americana, deve continuar prioritária.

No plano financeiro, o patamar do Brasil é hoje radicalmente diferente. Com 35 bilhões de dólares de reservas em 2002, o país estava a mercê de ataques especulativos. Hoje, com 250 bilhões em reservas, credor e não mais devedor do FMI – fato que financeiramente não é essencial mas é importante em termos simbólicos - diversificação comercial, e melhor equilíbrio entre o mercado interno e externo, o país tornous-e uma referência internacional. A forma como se manobrou entre os escolhos da crise financeira de 2008, inclusive com multinacionais repatriando grandes volumes de recursos das filiais para salvar as suas matrizes, passou a ser vista no mundo como uma prova de que bom senso e pragmatismo rendem mais do que as simplificações ideológicas. Isto gerou confiança, que permite hoje ao Brasil inclusive fazer exigências aos capitais que entram. O sucesso gera sucesso.

No plano comercial, uma população mundial que aumenta em 70 milhões de habitantes por ano, com ampliação do consumo, além do reforço pela opção por biocombustíveis, devem manter a tendência para uma demanda forte por commodities. O Brasil, com a maior reserva mundial de solo agrícola parado, e 12% da reserva mundial de água doce, tem aqui trunfos excepcionalmente fortes. Mas deverá entrar cada vez mais em cena o problema da regulação internacional dos preços das commodities, hoje mais dependentes dos movimentos dos capitais especulativos do que propriamente do equilíbrio de oferta e demanda. Como exemplo, o comércio mundial de petróleo é de 85 milhões de barris por dia, e as trocas especulativas (papéis) diárias atingem 3.000 milhões de barris. O Brasil tem um forte papel a desempenhar na promoção de mecanismos de regulação nesta área.

Em termos geoeconômicos, a tendência é para um deslocamento da bacia do Atlântico para a bacia do Pacífico, com os fortes avanços da China e da Índia, que representam 40% da população mundial, e de demais países hoje muito dinâmicos como a Coréia do Sul e o Vietnã, ou simplesmente fortes como o Japão. Isto representa desafios estruturais para o Brasil. É de se lembrar aqui que enquanto os Estados Unidos realizaram a conexão ferroviária Atlântico-Pacífico em 1890, nós ainda sequer temos uma conexão adequada por rodovia. O deslocamento favorecerá tanto uma orientação mais integradora de infraestruturas na América Latina, como melhor equilíbrio de ocupação e uso do território no Brasil, ainda fortemente atlântico na demografia e na economia. O oeste, para nós, adquire nova importância.

Outro fator essencial do novo contexto internacional, é a crescente presença dos desafios ambientais no planeta. Enquanto a crise financeira internacional migrou dos bancos para os ministérios, e saiu das manchetes de jornais, a realidade da mudança climática, da liquidação da vida nos oceanos pela sobrepesca oceânica industrial, a destruição das matas (particularmente importantes no Brasil e na Indonésia), a erosão dos solos, a contaminação generalizada dos rios, dos lençóis freáticos e dos mares, geram preocupações que, independentemente dos resultados de Copenhague, exigem uma inclusão mais generalizada da visão da sustentabilidade ambiental em todas as decisões de políticas de desenvolvimento, tanto no setor público como no privado. O Brasil tem como se situar com vantagem neste plano, e deverá desempenhar um papel importante na Cúpula Mundial do Meio Ambiente de 2012 “Rio +20”.

No plano social, as preocupações são igualmente crescentes. Com a explosão especulativa na área dos grãos, a fome no mundo passou de 900 milhões para 1020 milhões de pessoas. De fome e outras causas absurdas morrem 10 milhões de crianças. A AIDS já matou 25 milhões de pessoas. O Banco Mundial estima em 4 bilhões o número de pessoas no mundo que estão “fora dos benefícios da globalização”. São situações insustentáveis. O equilíbrio social das políticas econômicas está adquirindo uma grande centralidade no planeta, e o Brasil, que mostrou durante os últimos anos a viabilidade de políticas que equilibram os objetivos econômicos e sociais, adquire aqui uma legitimidade excepcional.

No plano político, frente a uma economia que se globalizou em grande parte, estão começando apenas agora a se construir espaços de concertação internacional. Encerra-se, de certa maneira, a fase de monopólio de poder pelos Estados Unidos e de forma geral dos países desenvolvidos. Os BRICs começaram a ocupar o espaço político internacional, o G-20 começa a abrir um espaço regular de negociação, e o Brasil em particular assume uma forte presença internacional devida em grande parte ao modelo econômico, social e ambiental inovador e equilibrado que desenvolve, e que está simplesmente dando certo. O aprofundamento destas políticas, cuja tecnologia organizacional deu aqui grandes passos, deve marcar os próximos anos, e reforça o papel internacional do país.

Em termos de novo contexto internacional, a integração latino-americana está adquirindo um papel crescente. Esta política, é preciso dizê-lo, se caracterizou no passado mais pela criação de siglas do que de fatos, enquanto predominava a articulação de cada país com grupos particulares de interesses norte-americanos. Hoje constata-se avanços no plano das instituições, de mecanismos de financiamento, de infraestruturas (ainda incipientes), de codificação das migrações, da própria academia. O Brasil tem um papel fundamental a exercer por razões tanto do seu peso específico, como pelas inovações políticas que tem desenvolvido e por haver tantas coisas em comum em termos dos dramas sociais herdados. A América Latina está adquirindo identidade.

Um último ponto essencial decorre dos avanços tecnológicos, e em particular na área das tecnologias de informação e comunicação. O papel do acesso ao conhecimento, o barateamento das infraestruturas e dos equipamentos individuais, a generalização da conectividade planetária, a ampliação do acesso aos conhecimentos de todo o planeta, o surgimento de inúmeras atividades econômicas na chamada sociedade do conhecimento – todas estas mudanças estão se mostrando muito mais aceleradas do que previsto. Se no século passado os grandes embates políticos se davam em torno da propriedade dos meios de produção, na era da nova economia o acesso ao conhecimento e a definição dos seus marcos legais tornam-se questões centrais. No caso do Brasil, o salto para a economia do conhecimento pela generalização da banda larga e outras formas de acesso ao conhecimento abre importantes perspectivas de inclusão produtiva e melhoria de qualidade de vida. O desafio é cobrir o hiato entre estes desafios tecnológicos e o atraso educacional no plano interno, para ocupar o espaço correspondente no plano internacional.

No conjunto, o Brasil desempanha hoje na cena internacional um forte papel como parceiro adulto, portador não só da sua força econômica e riqueza cultural, mas também de propostas práticas e de bom senso no enfrentamento dos principais desafios sociais e ambientais, e de solidariedade com países em dificuldades. A confiabilidade e o respeito angariados não só ampliam o espaço de manobra do país, como se refletem fortemente, como se notou no caso da aprovação da Copa e das Olimpíadas, no sentimento de confiança em si no conjunto da população. Neste plano, o país parte realmente de outro patamar.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Commodities e Ibov

Falando um pouco de commodities agrícolas para compararmos com o andamento da Bovespa que hoje provavelmente irá cair de novo!
Temos:

Milho: Há quase 30 meses em alta por causa do petróleo parece que vai continuar subindo, pois os problemas no oriente médio não terminarão tão cedo. Como o etanol americano é tirado do milho e o petróleo está muito caro. Teremos ainda uma boa corrida para colheitas.
Trigo: Não anda nada bem. Como os Americanos parecem desacelerados e o inverno tende a se prolongar (ao contrário do verão) provavelmente os “vendidos” no mercado vão passar na frente, pois a colheita pode demorar um pouco mais e os contratos ficarem um pouco “pesados” para os especuladores esperarem a colheita.
Soja: Essa em particular eu gosto mais, pois temos várias empresas listadas na Bovespa que dependem desta commoditie. Primeiro temos a soja subindo por pura especulação. Como geralmente ela acompanha o milho. Deve-se seguir assim até a queda do petróleo. Americano parece meio apressado em especular futuros. Por isso creio que os problemas no oriente médio estão ainda no começo. Aqui no Brasil a AGRENCO (AGEN11) já passou por muitos apuros, mas acredito que seja uma empresa séria e que pode trazer ótimos lucros para seus acionistas em 2 anos. Pelo menos uns 50%

Boi ou Cattle como os americanos gostam de chamar: Vem em queda, já que o especulador se não vê dados de crescimento não vê pessoas comendo. Aqui no Brasil temos a Kepler Weber no Bovespa (KELP3) que não emplaca deste a sua maior queda em junho do ano passado. Ainda acho que é uma empresa forte, mas como está sem capital de giro pode se comprometer com os contratos futuros para a entrega de insumos para as empresas que precisam de aço e soluções no campo. Está com preço bom para compra, pois caiu mais de 50% no ano passado, ou seja, seus investimentos devem ter lucro ainda no meio do ano.
Etanol: Não precisa nem falar. Se o milho sobe ele sobe junto. Problemas com o petróleo e ele sobe. Pode ser queda no preço do petróleo que ele sobe do mesmo jeito. É o combustível do futuro, considerando-o como biodiesel.

Conversei com um amigo que pediu informações sobre a POSITIVO informática.
Eu penso que passando de 10,55 ela estoura e faz bandeira. A média do IRF indica venda, pois ela caiu muito rápido e apontou para baixo. Não acredito. Acredito que ela está em um preço ótimo de compra, POIS JÁ CAIU DEMAIS.

A POSI3 confirmou várias coisas no ano passado. Principalmente que é uma especuladora massiva quando se trata de vender a empresa. No começo de 2009 e até o seu final as ações balançaram e subiram bastante por causa de umas “conversas” com a LENOVO (fabricante Chinês), mas no começo de 2010 não deu em nada. Há 1 mês atrás ela começou de novo com essa estória. Agora com a HP e IBM. Eu acredito que se você comprar ações de uma empresa especulativa como essa dá pra fazer dinheiro, mas tenha cuidado e fique atento às notícias, principalmente dos fóruns, pois tem uma galera lá que não perde tempo em pesquisar nóticias rápidas.



Por fim continuo recomendando a carteira do blog passado(01/03/2011), pois creio que teremos uma subida do Ibov só depois do carnaval. Ainda mais se a taxa SELIC subir mais do que 0,5. Aí teremos várias ações com precinho de banana. Vamos as compras!!!

Ps: Coloquei a carteira na sexta-feira no blog e na segunda a CBN lança a sua carteira. Adivinhem: Idêntica. Não quero me gabar. Apenas mostrar que todos estão falando a mesma coisa nesse momento tenso de oriente médio e preocupações com as contas na União Européia.

Abraços.